quinta-feira, outubro 16, 2014

crónica dos dias

Marinho & Pinto acrescentou há dois domingos atrás, o seu partido, designado Democrático E Republicano, ao espectro partidário nacional. Ele e Jose Cid, que ao lado do juiz Rui Rangel tb apresentou o seu, deles, partido, situado ali mesmo no centro, entre o partido socialista e o partido social democrata, e que congrega o que de melhor há nos dois, dizem, e rejeita o que de mais hediondo habita neles. Um programa & peras, porque a esse propósito não há mais nada a dizer.
Nas próximas eleições, lá estarão entre as nossas opcões democráticas, no boletim de voto. A seu sufragados e sondados à boca das urnas, na expeculaçao de uma votação, informatizados.
Pela mesma informática que está a dar cabo de tudo, essa é que é essa.
Ele é a justiça, ele é a educação...
Um professor que tinha desistido do concurso em meados de setembro, foi ainda assim colocado em 75 escolas. Não uma, nem duas, mas em setenta e cinco. Com isso, deixa-se cerca de 1500 alunos sem aulas da disciplina que ele ministra, porque o homem não consegue cumprir setenta e cnco horários ao longo do país.
Eu, no lugar dele, com tantas colocações, fazia um leilão. Quem quer um horário completo em Loulé? A base de licitação poderia ser, suponhamos, de trezentos euros. E assim sucessivamente. Lugares como a secundária de castelo branco, tinha de ter uma base de licitação mais baixa, pois está claro. Tudo dependeria da procura e do status dos lugares.
Na justiça, um problema informático, a que. Ministra chamou percalço ou sobresalto ou coisa do género, continua nas bocas do mundo. Ou a infernizar os nossos tribunais. E tudo isso sem que nada aparentemente aconteça.
Na educação está tudo a assobiar para o teto. O ministro que exige competência aos professores, obrigando-os a provas intercalares que avaliam essa mesma competencia, é o que não é competente na tarefa básica de colocação dos professores. E nada acontece.
Consta que Crato tem 13 motoristas que ganham melhor, ou seja mais, muito mais, que qualquer professor. Daqueles que o ministério que tutela, coloca e descoloca, a norte e a sul, a este e a oeste, acioma e abaixo da lei. Não estando em causa as qualidades específicas dos motoristas, não seria melhor substituir dois ou três, por informáticos que ponham a funcionar correctamente o programa de colocações? E dispensar o conselheiro e especialista em gramática e língua portuguesa que lhe disse, a um matemático, para se esconder atrás da semântica e das palavras ensaboadas.
Eu disse mantêm-se, não disse manter-se-ão, disse, a propósito dos profes e da sua colocação, o ministro Crato, a armar-se em puto reguila. O presente, e neste caso um presente envenenado, conjugados num futuro frustrado e esquálido.
E assim vamos - não disse iremos - neste mundo idílico, paradisíaco, encostados a uma felicidade de papelão, mas só fingindo que nos encostamos a ela, porque senão o cenário cai, mostra a sua falsidade, e portanto, representamos com uma graça que a maior parte das vezes é desgraça.
Vizinhos distantes do ébola, o vírus que nos ameaça e que se vai aproximando da nossa casa com passos seguros, já nos parece ser normal a ideia daquele atrasado mental que diz ser receita certa para a ameaça pandémica, o abate dos infectados. Começaram, parece, pela cadela daquela enfermeira espanhola chamada excalibur, a cadela não a enfermeira, que, azar dela, da enfermeira e não da cadela, ao retirar as luvas com se protegera no contacto com um infectado, tocou com o látex no rosto e, infelicidade suprema, caiu na ratoeira do vírus e está agora sujeita ao talhe largo da ceifeira final.
E se há uns tempos atrás esta ideia pudesse ser coisa sugerida por um humorista da nossa praça, surge-nos agora de forma séria, como matéria a ter em conta e, discutível, por isso.
No entretanto, cá vamos, com água até aos joelhos, em rios que ontem eram estradas, coisas transitáveis de automóvel, frequentando
módulos transitários quando vamos a tribunal e sofremos a ineficácia do CITIUS, e somos multados com rigor pela brigada de trânsito com mínimos para obter.

The show mast go on.