crónica dos dias
Marinho & Pinto acrescentou há dois domingos atrás, o seu partido, designado Democrático
E Republicano, ao espectro partidário nacional. Ele e Jose Cid, que ao lado do
juiz Rui Rangel tb apresentou o seu, deles, partido, situado
ali mesmo no centro, entre o partido socialista e o partido social democrata, e
que congrega o que de melhor há nos dois, dizem, e rejeita o que de mais
hediondo habita neles. Um programa & peras, porque a esse propósito não há
mais nada a dizer.
Nas próximas
eleições, lá estarão entre as nossas opcões democráticas, no boletim de voto. A
seu sufragados e sondados à boca das urnas, na expeculaçao de uma votação, informatizados.
Pela mesma
informática que está a dar cabo de tudo, essa é que é essa.
Ele é a
justiça, ele é a educação...
Um
professor que tinha desistido do concurso em meados de setembro, foi ainda
assim colocado em 75 escolas. Não uma, nem duas, mas em setenta e cinco. Com
isso, deixa-se cerca de 1500 alunos sem aulas da disciplina que ele ministra,
porque o homem não consegue cumprir setenta e cnco horários ao longo do país.
Eu, no
lugar dele, com tantas colocações, fazia um leilão. Quem quer um horário
completo em Loulé? A base de licitação poderia ser, suponhamos, de trezentos
euros. E assim sucessivamente. Lugares como a secundária de castelo branco,
tinha de ter uma base de licitação mais baixa, pois está claro. Tudo dependeria
da procura e do status dos lugares.
Na justiça,
um problema informático, a que. Ministra chamou percalço ou sobresalto ou coisa
do género, continua nas bocas do mundo. Ou a infernizar os nossos tribunais. E
tudo isso sem que nada aparentemente aconteça.
Na educação
está tudo a assobiar para o teto. O ministro que exige competência aos
professores, obrigando-os a provas intercalares que avaliam essa mesma
competencia, é o que não é competente na tarefa básica de colocação dos
professores. E nada acontece.
Consta que
Crato tem 13 motoristas que ganham melhor, ou seja mais, muito mais, que
qualquer professor. Daqueles que o ministério que tutela, coloca e descoloca, a
norte e a sul, a este e a oeste, acioma e abaixo da lei. Não estando em causa
as qualidades específicas dos motoristas, não seria melhor substituir dois ou
três, por informáticos que ponham a funcionar correctamente o programa de
colocações? E dispensar o conselheiro e especialista em gramática e língua
portuguesa que lhe disse, a um matemático, para se esconder atrás da semântica
e das palavras ensaboadas.
Eu disse
mantêm-se, não disse manter-se-ão, disse, a propósito dos profes e da sua
colocação, o ministro Crato, a armar-se em puto reguila. O presente, e neste
caso um presente envenenado, conjugados num futuro frustrado e esquálido.
E assim
vamos - não disse iremos - neste mundo idílico, paradisíaco, encostados a uma
felicidade de papelão, mas só fingindo que nos encostamos a ela, porque senão o
cenário cai, mostra a sua falsidade, e portanto, representamos com uma graça
que a maior parte das vezes é desgraça.
Vizinhos
distantes do ébola, o vírus que nos ameaça e que se vai aproximando da nossa
casa com passos seguros, já nos parece ser normal a ideia daquele atrasado
mental que diz ser receita certa para a ameaça pandémica, o abate dos
infectados. Começaram, parece, pela cadela daquela enfermeira espanhola chamada
excalibur, a cadela não a enfermeira, que, azar dela, da enfermeira e não da
cadela, ao retirar as luvas com se protegera no contacto com um infectado,
tocou com o látex no rosto e, infelicidade suprema, caiu na ratoeira do vírus e
está agora sujeita ao talhe largo da ceifeira final.
E se há uns
tempos atrás esta ideia pudesse ser coisa sugerida por um humorista da nossa
praça, surge-nos agora de forma séria, como matéria a ter em conta e, discutível,
por isso.
No
entretanto, cá vamos, com água até aos joelhos, em rios que ontem eram
estradas, coisas transitáveis de automóvel, frequentando
módulos
transitários quando vamos a tribunal e sofremos a ineficácia do CITIUS, e somos
multados com rigor pela brigada de trânsito com mínimos para obter.
The show
mast go on.
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