domingo, fevereiro 06, 2011

revoluções

O mundo está virado ao contrário, em aparente polvorosa.

As diversas manifestações de insatisfação que acontecem à escala global, parecem porem não surtir efeito aqui em casa. Apesar dos sinais que o chamado POVO tem vindo a libertar - um suorzinho frio agora, uma tontura depois -, seja através de uma cada vez maior ausência nos actos eleitorais, sejam manifestações várias de cariz social, (a pobreza até aqui encapuzada pela vergonha, entre outras razões, é agora mais visível que nunca), e sei lá que mais, é informação pouco interessante para a classe dirigente que segue o seu caminho, autista e incapaz de ouvir o que quer que seja.

E um pouco por todo o mundo, as coisas desabam. Foi França talvez a primeira a dar os primeiros sinais, uma revolução quase juvenil, que levou a capital Paris a ficar sobre brasas; agora as notícias falam-nos do Egipto e demais países ali naquela zona. Algumas das manifestações mais violentas que outras, bem entendido. A dureza de cada uma delas pode já ser medida segundo o número de mortes produzidas. A macabra contabilidade vai-se fazendo, ainda, pela classe dirigente, que afinal as revoluções querem-se feitas com sangue e há gente que quer oferecer o seu, para que ela, a revolução, siga a sua marcha triunfal e vingue. E há mães que choram os seus filhos, pois, mas que se orgulham deles pela dádiva que protagonizaram.

Por aqui as coisas parecem estar calmas. Calmas demais para serem verdade. Por muito que sejamos um país e um povo de brandos costumes, importa que a classe política ponha os olhos no que se está a passar um pouco por todo o mundo. Este corte nos salários dos funcionários públicos, não há-de ser o impulso para coisa nenhuma, desacredito, mas o aumento do preço do pão… ou outra coisa mínima, que aparentemente não pareça ter em si a força e a brutalidade de uma revolução. Mas sera por aí, tem sido sempre assim, que as coisas hão-de começar. E se se pensa que neste extremo ocidental da europa as coisas ficam sempre um pouco desfocadas, tirem daí o sentido.

1 Comments:

Blogger Ígor Rafael Franco Silva said...

Enquanto alienados derem maior importância à menor das importâncias (vide corinthianos em protestos), nada contra futebol (Da-lhe Grêmio!), não haverá protestos em razão de politica governamental nesse país! Essa é a verdadeira realidade do Brasil.

12:17 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home