segunda-feira, fevereiro 22, 2010

presidenciais

A corrida às eleições presidenciais conheceu, na semana que passou, mais um desenvolvimento, pequeno, com o aparecimento de mais um candidato. Na verdade, quando digo mais um, deveria usar, talvez, uma outra expressão qualquer, porque que se conhecesse, apenas havia um candidato anunciado. Ou melhor dito, uma disponibilidade de candidatura manifestada: Manuel Alegre já dissera que estar pronto para o combate.
Ora na semana passada, foi Fernando Nobre a dar sinal de disponibilidade, e, mais do que isso, a dizer que ia sê-lo. Candidato.
Fernando Nobre é um homem mais ou menos conhecido dos portugueses por ser presidente e fundador da AMI, assistência médica internacional, uma organização que tantos serviços tem prestado e em circunstâncias tão extraordinárias. Mas Fernando Nobre foi também um dos apoiantes de Manuel Alegre nas últimas eleições presidenciais.
Nada mais natural, portanto, que das hostes alegristas surgissem, imediatamente, algumas reacções a esta candidatura.
Helena Roseta foi uma das primeiro se manifestou, atenta.
Ora bem, numa circunstância destas, o que é que se pode dizer? Helena Roseta puxou pela cabeça e, finalmente, lá descobriu: que o Dr, disse, marcara o anúncio da sua candidatura para a hora e para o dia em que Alegre, em Coimbra, jantava com simpatizantes. Ora, assim começava mal, numa tentativa de retirar a atenção para este jantar de apoio. Isto era o que se subentendia das suas palavras.
Ora, digo eu, que se saiba, Alegre janta todos os dias, e com quem lhe apetece, seja o repasto uma coisa pública e de apoio à sua candidatura, ou não. Pensar (e dizer) que qualquer anúncio de qualquer candidatura, (quando há-de chegar à corrida, nomeadamente Garcia Pereira. Para além de Cavaco, obviamente), vinda de onde quer que venha, deva viver na dependência da agenda gastronómica de um qualquer candidato já no terreno, por mais bom garfo que seja, é coisa que me parece menos lógica.
O que deve doer um pouco mais, é a possibilidade que esta candidatura possa vir estilhaçar essa espécie de ‘’via alegrista para a cidadania’’, o cidadão fora do esquema partidário, que compete contra a máquina partidária; quando ali mesmo ao lado, há um cidadão, sem vínculo a qualquer partido e com curriculum construído ao serviço do outro, se aproxima e diz ‘’presente’’. Ainda por cima, vindo da sombra da mesma bandeira.