domingo, outubro 11, 2009

votando

Saí do sítio onde por estes dias apresento espectáculos, às nove da manhã.
Na plateia de ontem (na plateia «instalada» pelo pintor João Vieira...), estavam psiquiatras. Montes deles. Estivemos à conversa, um pouco, terminada a função. Eles a querer saber da «esquizofrenia» de se estar no lugar de tantas pessoas, e eu a querer saber se ainda eram prescritos «electrochoques». Sinto que, no copinho que bebi com uma data deles (e delas… ! Eram tantas. Mais que eles.) fui analisado em pormenor. Quase dissecado.
Passei na Figueira da Foz.
Já agora, voto, pensei.
Encontrei amigos nas mesas de voto, em serviço. Olá, pá. Há que tempo. Se não estivesse aqui preso íamos beber um café. Eu também não posso. Tenho de seguir. Número tantos e tal. E o meu amigo: António blá blá blá, e por aí fora, o meu nome todo, que é coisa comprida. E acrescentou: também conhecido por... e lá sai o petit nom, um grito de da quase infância. Que saudades.
Posso dizer – mesmo que ainda não sejam horas para confidências destas (até acho que é ilegal) – que votei no meu amigo candidato-enfermeiro, velho enfermeiro, e nas diferentes listas que o partido que o propõe, apresenta. Afinal de contas, não é impunemente que posso dizer que tenho um amigo enfermeiro de quem nunca apanhei nenhuma injecção. As conversas eram sempre – e digo «eram» porque os anos nos separaram e as nossas conversas são, agora, coisas ocasionais, de verão – coisa agradável.
Cheguei a Braga e verifico que está instalada uma expectativa fora do comum. Que quer indiciar o quê?
Daqui a bocado saberemos.
Talvez nada.
Eu acho que nada, de qualquer maneira.