segunda-feira, fevereiro 16, 2009

o sol depois da chuva

Um amigo meu, velho estudante de Coimbra, disse-me uma vez que não se lembra de alguma vez ter visto cair chuva na Lusa Atenas, durante os cinco ou seis anos que lá esteve a estudar, tal o encantamento em que vivia por esses tempos.
Eu, que embora sendo de outra geração, partilho com ele alguns dos gestos que ainda me encantam, apesar da desilusão destes tempos sem ética e sem sentido, já não me lembrava do astro rei em toda a sua plenitude, das suas lambidelas quentes, para lá das teimosas e persistentes lágrimas sem sal que foram, durante tantos dias, o nosso dia-a-dia. E que, ameaçam os arruaceiros do instituto de meteorologia, irão voltar.
Não há ninguém que empreste um guarda-chuva ao mundo? Para ver se fazemos destes dias, dias de eterna Coimbra?