quarta-feira, dezembro 24, 2008

o presépio americano

Na América, o Natal deste ano tem um novo sentido. Uma novidade oito anos depois. Neste lapso de tempo, a figura principal do presépio americano, foi o burro, mesmo que disfarçado de elefante. Ainda havemos de concluir, ai havemos havemos, que de elefante tinha muito pouco. Na realidade, era um elefante travesti, porque, lá no fundo, no fundo da sua inqualificável desqualificação, ele era um burro, e ponto final.
E agora, oito anos volvidos, chegado um autentico burro ao presépio (e mesmo assim, nunca fiando, que nisto de animais, há que manter a guarda sempre levantada) ei-lo travestido de Baltasar, o rei mago preto.
O eixo presépial americano muda, corrige o tiro, sai de dentro do estábulo para a rua, ganha contornos de monarquia.
Chato, mesmo, é o pivete a mirra que grassa na América. Esta erva amarga que Baltasar traz à «democracia» americana, lembra que somos todos uns Cristos e que nos esperam grandes sofrimentos, americanos ou não, com muitas estrelas ou mesmo nenhuma.

Bom Natal.