sexta-feira, outubro 24, 2008

bruxarias & futebol

O bruxo de Fafe, alcunha pela qual e conhecido o cidadão Fernando Nogueira (creio que se chamará assim conforme BI), é uma personagem impar do mundo do indizível, do oculto, no nosso país visível qb.
É frequentado, diz-se, por pessoas dos mais diversos estratos sociais, pobres e ricos, homens e mulheres, patrões e empregados, licenciados e por licenciar, pretos e brancos.
De há uns tempos a esta parte, tem-se dedicado ao mundo do futebol, também ele um mundo do indizível, do oculto, como todos (mais ou menos ou nada) sabemos. Tem feito, a acreditar nas suas palavras, trabalhos para o Futebol Clube do Porto, (não se sabe se com o beneplácito se sem ele, dos dirigentes ou de alguém relacionado com o clube) e, pelos jornais, sabe-se igualmente que ajudou o Gil Vicente e o Vitória de Guimarães. Mais recentemente, os mesmos jornais desportivos (que são, por incrível que pareça, órgãos de comunicação, veículos de jornalismo, só que de um jornalismo esquisito, sem deontologia e sem ética na maioria dos casos) deram-no como estando presente na Suécia, ao lado da Selecção Nacional, que necessitada de pontos como de pão para a boca, saiu beneficiada, - a acreditar igualmente na sua palavra -, dos trabalhos que ainda em solo pátrio, e já na pátria dos ABBA, ele efectuou, tendo como testemunhas, pasme-se (ou não), os mesmíssimos jornalistas que lhe anunciaram a presença. A Selecção, não fora os trabalhos do bruxo, não teria logrado o empatezinho que tão bem soube aos responsáveis tugas.
O presidente da FPF, o inigualável Gilberto Madail, questionado pelos jornalistas acerca da presença de tão misteriosa criatura em solo sueco, desvalorizou-a, ironizando mesmo. Supremo pecado! Ora, como toda a gente sabe, quando questionados acerca da fé em bruxas, deve manter-se sempre um certo respeito, manter alguma coisa em aberto, porque, como se costuma dizer em bom castelhano, o que não é o caso, «que las ay, las ay».
Vendo gozado o seu trabalho, o bruxo de Fafe que até ali trabalhava por amor e carinho, passou a trabalhar por desamor. E logo a seguir, perante a modesta Albânia, a patusca selecção lusa, em plena cidade de Braga, paredes-meias com a cosmopolita Fafe, não conseguiu lograr melhor resultado que um empate sem golos, empenhando consideravelmente as hipóteses de qualificação. E a dez minutos do fim, gesto que deu azo a inúmeras crónicas e interpretações, e quiçá fruto de algum trabalho malandro do bruxo fafense, Madail teve de sair à pressa da bancada VIP para, alez alez, ir à casa de banho.
Caramba: já não bastava empatar, e ainda tinha de ser humilhado daquela forma pelo de Fafe, que quase faz justiça à moda da terra.
Ou como diz o povo: o último a rir é o que ri melhor.

2 Comments:

Blogger José Augusto Macedo do Couto said...

Olá, António Durães,

Não sei se se lembra de mim...

Sou o José Couto do CPO - Círculo Portuense de Ópera.

Costumo passar pelo seu Blog e, agora, acabadinho de regressar do Coliseu do Porto, onde assisti a uma outra representação do Elixir do Amor, lembrei-me de lhe escrever para lhe dizer que a "nossa" era bem melhor, muito graças a si. :)

Envio-lhe um abraço e se quiser e puder passe pelo meu Blog e pela minha Galeria de Fotos.

Quem sabe se não encontrará por lá algo que lhe interesse.

Aqui ficam as ligações:
http://ochamadohellomister.blogspot.com
http://gallery.me.com/jamcouto1

2:41 da manhã  
Blogger Unknown said...

A Livraria Poetria realiza uma sessão de poesia intitulada "A Arte de Jorge de Sena" no próximo dia 30 pelas 12,30, no Café Progresso.

Jorge de Sena, figura maior da literatura portuguesa, será revisitado através da sua imensa obra. Mas o Porto, as suas ruas e os seus plátanos também serão aqui convocados e uma vez mais tocados pela graça e a primordial voz da poesia.

Contaremos com a participação e testemunho de António Rebordão Navarro e Sérgio Lopes, sobrinho do poeta.

12:01 da tarde  

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