sexta-feira, agosto 04, 2006

notas de viagem 1

IRLANDA
Como é que um país com oitenta e quatro mil quilómetros (mais quatrocentos e trinta, para sermos precisos) e cerca de três milhões e meia de habitantes, consegue um nível literário, técnico, artístico e científico tão acima de nós, Portugal, feito de mais gente mais quilómetros e mais história independente?
A verdade é que, como os homens não se medem aos palmos, os países também não se medem ao quilómetro. Nem conforme o número de habitantes. Há muito mais vida para além dessa simples aritmética. A não ser assim, como se compreenderia que a Irlanda tenha já no seu bornal-curriculum quatro prémios Nobel da literatura (Shaw, Yeats, Beckett e Seamus Heaney)? E Wilde não consta desta lista. E tantos outros. E na música? Quantos autores e/ou grupos, desde a pop à música mais erudita, não conhecemos?
Tudo, porventura, por casa da batata. Mas lá iremos.
Fui durante meia dúzia de dias, tentar descobrir toda a verdade por trás desta cabala da inteligência. São algumas d’ AS AVENTURAS DE UM AGENTE IMPORTANTE CHAMADO ERNESTO que agora se publicam. Não são muitas, mas são as que constam dos meus relatórios, agora publicáveis, depois de limpos do que não se pode dizer em voz alta.