quinta-feira, julho 13, 2006

o choque tecnológico

Dos diversos artigos de opinião publicados no “El Universal” sobre as eleições mexicanas, retivemos a de José Luís Pineyro (professor investigador do departamento de sociologia da universidade do México) que elabora um repositório exaustivo das anomalias verificadas na contagem de votos. Perante tal cenário o mínimo que se pode pedir - e pede – é a recontagem de votos um a um. E são tantas as vozes a faze-lo, que até o New York Times se juntou ao coro.
Claro que isto não preocupa minimamente a União Europeia. A “vitória “ do candidato da direita, com fraude ou sem ela, é suficiente para se perfilarem em primeiro lugar na fila das congratulações.
Adiante. O que aqui queria deixar para memória futura é o exemplo extraído da supracitada crónica sobre a utilização dos meios tecnológicos em processos eleitorais.
Diz Pineyro: “das 19h ás 21,30h sucede uma anomalia, o sistema de contagem solicitava que o boletim eleitoral que levava um código passasse duas vezes para poder seguir a operação, quando se tratava de votos do P.A.N., o que implicava uma dupla contagem. Alguns “contadores” alertaram os engenheiros de sistema sobre a anomalia, que com um sorriso lhes responderam que “o sistema havia de dar o que lhe pedissem”.
Espero que a obcecação socrática sobre o choque tecnológico não tenha nada a haver com isto, mas perante as urgências na alteração das regras eleitorais manifestadas pelo P.S. e pelo P.S.D. há que estar atento a tudo.