quinta-feira, março 26, 2009

na sacristia

Um padre, confesso simpatizante do Sporting, e pároco na igreja do Rato, no final da missa de domingo, terá dito, em jeito de aviso, que a partir daquele dia, não baptizaria nenhuma criança que quisesse ostentar no bilhete de identidade, o nome Lucílio. Claro que se estava a referir à arbitragem do jogo Sporting-Benfica, ou vice-versa, ganho pelo Benfica depois de um lance mal ajuizado pelo tal Lucílio.
Esta graça correu mundo e ocupou a atenção de jornais e jornalistas, equipas de reportagem de TV’s que fizeram – pasme-se – esperas ao padre à entrada de um cemitério onde iria presidir a um funeral, e sei lá que mais barbaridades.
O que quer dizer muito, e nada, no que à prática informativa portuguesa diz respeito.
Tanta notícia para acompanhar, e tanta gente ocupada com minudências, que interessam o que não interessa; tanta energia desperdiçada no afã de dirigir a nossa atenção para coisas desimportantes; para nos desfocar do que é realmente essencial.
Interessa a quem, este desvario e este desfoque?