segunda-feira, maio 26, 2008

pinturas

Um dia, - não há muito tempo... creio que no verão passado - na Figueira da Foz, entrei numa galeria de arte para ver o que estava exposto. Era uma maneira de sentir o pulsar plástico de uma terra que tantos e (alguns) tão bons pintores tem entregue à fome local e, mesmo, nacional. Por acaso, o galerista conhecia-me. E guiou-me numa viagem pelos locais inacessíveis da casa, aos restos de antigas exposições que ainda estavam lá encostados a paredes invisitáveis, e muita pintura à espera de viagens para outras exposições. E, entre as tantas telas que espreitei com algum pudor mas outro tanto descaramento, estavam algumas que, de um modo particular, me tocaram. Eram de uma pintora chamada Elisabeth Leite, que não conheci do tempo em que frequentava aquelas geografias, e que se me apresentava com uma força estranha, desconcertante, às vezes a lembrar Paula Rego, outras a citar (ao meu olhar) alguma cultura pop decadente, despida de glamour, sem brilho que não o que lhe advém de um caracter forte, impresso com punhos fechados, certeiro, arte pugilista.
Recebi há uns dias, um convite para a inuaguração de uma exposição sua. A que não pude ir. Como sempre me acontece.
Mas curioso, fui à procura dela, e encontrei algumas coisas expostas na galeria nética que passo a mostrar-vos.

http://www.nunosacramento.com.pt/site/index.php?option=com_zoom&Itemid=37&catid=13

Sei que circula com mais presença na zona centro do país, e que recebeu, recentemente (entre 2005 e 2007) algumas menções dirigidas a jovens criadores.