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Entre Coruche e Montemor-o-Novo, com a geografia a mudar rapidamente ao ritmo de cada curva, estava pastando (como deve dizer quem viaja para sul e cada vez mais se aproxima da planície alentejana, mesmo que ela esteja também a mudar - do tradicional cultivo de sequeiro para o regadio novo que vai ganhando adeptos) um enorme rebanho, em extensão e em número de animais. Largas dezenas de ovelhas, uma centena, talvez. O curioso é que todas estavam mais ou menos enterradas na erva, as cabeças e as patas, alheias à estrada e a tudo o resto que, não sendo muito, era o tudo que havia: os carros, as núvens, os pensamentos, os homens que passavam vindos do pão. Nunca a curiosidade atacou as ovelhas nem atacará, pensei no momento, pelo menos enquanto a barriga não estiver cheia e o apetite saciado. E fechei o pensamento.
Usando a imagem do rebanho que experimentei (sobretudo depois de ter recebido um livrinho que conta a história do 25 de abril às crianças & a todos), desejo que em 2006 todos saibamos levantar a cabeça da erva tenra e fresquinha com que nos tenteiam, e consigamos, libertos dela, olhar à volta. Pode ser que, então, vejamos o que está, aparentemente, invisível até agora.
Bom Ano.
Usando a imagem do rebanho que experimentei (sobretudo depois de ter recebido um livrinho que conta a história do 25 de abril às crianças & a todos), desejo que em 2006 todos saibamos levantar a cabeça da erva tenra e fresquinha com que nos tenteiam, e consigamos, libertos dela, olhar à volta. Pode ser que, então, vejamos o que está, aparentemente, invisível até agora.
Bom Ano.
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