Notas de Viagem VII
Perto de S. Bento, comprei um cartucho de doze castanhas, daqueles cartuchos feitos em papel de jornal, e paguei um euro e meio. Nada más, as castanhas. Foram as primeiras deste ano, pensando que o ano das castanhas começou por estes dias. Já as podia ter comido antes. Em Roma, por exemplo. Perto da Fontana di Trevi, um senhor vendia castanhas assadas. Bonitas. Grandes. Um outro negociava chapéus de chuva. Pequenos. Frágeis. Daqueles que se adivinham destruídos com um leve sopro de vento. Castanhas e chapéus de chuva era a combinação que estava a dar em Roma, perto da Fontana mais conhecida da cidade. Os chapéus de chuva custavam cinco euros; as castanhas custavam três euros cada cem gramas. Caras? Então o senhor propôs um preço mais em conta: oito euros por cada trezentos gramas.
Claro: fiquei com o apetite das castanhas, mas sem o gosto delas.
Quem quer quentes e boas?
Claro: fiquei com o apetite das castanhas, mas sem o gosto delas.
Quem quer quentes e boas?
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home