quinta-feira, abril 02, 2009

dia mundial do teatro - 6

Não por falta de assunto, volto, neste post, a falar do dia mundial do teatro, que na passada sexta-feira, dia 27 de Março se celebrou. E escrevo «não por falta de assunto» porque tanta coisa entretanto aconteceu de relevante, como por exemplo a escolha para presidente da BRAVAL de um cidadão julgado e condenado por corrupção activa para acto lícito. Corrupção é corrupção, seja ela lícita (não sei o que isso possa querer dizer, aliada à palavra corrupção, como, aliás, escrevi num destes post’s um dia destes) ou ilícita. Mas outras coisas mais aconteceram, por isso, escrevia, não é por falta de assunto.
Ora, acontece que li no Público de há uns dias, uma notícia que dava destaque à iniciativa da autarquia (já elogiada por mim em inúmeras ocasiões – provando que não sou, apenas, um bata-abaixista da pior espécie), de oferecer (a vinte e cinco euros por mês…) salas de ensaio a um conjunto de bandas bracarenses fazedoras da chamada musica urbana eléctrica, (não sei como caracterizar melhor a coisa), e que tem constituído um dos mais interessantes (e decisivos) incrementos à criação musical, nos territórios que atrás tentei explicitar. Não é primeira vez que faço uma vénia ao trabalho político autárquico no que à cultura diz respeito – já elogiei a autarquia a propósito de outros, poucos reconheço, actos – e, mesmo não o fazendo muitas vezes porque a autarquia não o merece, descobri agora que este elogio não será o último. É que na mesma notícia, dizia-se que o teatro, depois da música, ia ter direito a projecto similar. E a notícia era clara: «ao lado do complexo de ensaio, deve surgir a médio prazo, espaço semelhante para ensaios de grupos de teatro e de artes performativas».
Não discuto a localização da coisa. Mas se quiserem saber como é que poderia ser feita a coisa, posso apresentar algumas pessoas à senhora vereadora, pessoas essas que trabalham em estruturas semelhantes, e mesmo funcionando em lógicas diferentes (são profissionais), poderão fornecer ideias importantes para o levantamento de estrutura razoavelmente simples, mas onde é fácil fazer ao lado.
É que se pudermos transformar o médio prazo em curto, se se conseguir agilizar o processo, fazer as coisas mais depressa, poder-se-á suprir uma necessidade e fragilidade infraestrutural, corrigir insolvências teatrais básicas, dinamizar vontades, adubar vocações e, por último mas em primeiro lugar no objectivo primordial, diversificar a oferta teatral.
E que tal, hein? Afinal, nem sempre que abro a boca para falar de cultura em Braga, é para dizer mal.