segunda-feira, janeiro 16, 2006

a careta

Que ele não tinha jeito nenhum para aquilo, já nós sabíamos. É daquelas pessoas a quem é escusado pedir uma resposta a alhos, quando ele só sabe (ou só está disponível para) responder a bugalhos.
- Então, aceita mais um debate, agora a seis?
- Eu (pestaneja) quero respeitar a democracia. Quero respeitar (pestaneja outra vez) todos os portugueses.
- Mas… e que tal um debate na sexta-feira?
- Na sexta, (pestaneja) quero apenas respeitar a democracia e os (pestaneja… ou será que pisca o olho?) portugueses.
Comentar uma entrevista de um seu ex-secretário de estado da cultura, de um ex-presidente do seu partido, de um ex-primeiro ministro? Só mesmo não respeitando a democracia e os portugueses. Não vale a pena pedir a alguém que não tem jeito nenhum para representar, para fazer umas quantas caretas em frente a uma câmara de televisão. Mas como a campanha obriga, toca a desrespeitar um pouco a democracia e os portugas que ainda se entusiasmam com ela. Estavam mesmo a pedi-las… Pronto, deu asneira. O que ele tinha de fazer, era o que ele realmente sabe fazer: abrir os braços e dar duas lambadas – no caso, enviar – ao sancana do provocador. Perdão: ao satana do provocador. Perdão outra vez: ao santana do provocador…
Abriu a boca… entrou mosca.