quarta-feira, fevereiro 22, 2006

o SINDICATO DE POESIA outra vez... e outra vez...

Não sei se há muita ou pouca coisa para consumir culturalmente na cidade de Braga. Parece-me sempre que há coisas de menos. Neste momento, no que diz respeito - por exemplo - às artes performativas, está em cena a Companhia de Teatro de Braga, com um espectáculo que gostei muito de ver. Mas, creio, que nada mais. Para uma cidade da dimensão de Braga, creio que é demasiado pouco.
Não por isso, o Sindicato de Poesia, estrutura destruturada, não apoiada (ou apoiada episodicamente, quando o rei faz anos), esta quinta-feira, faz concorrência a si próprio:
- às 19h00, na Velha-a-Branca, apresenta no âmbito do projecto O SINDICATO CONVOCA, apresenta um recital chamado VINTE E TAL POEMAS DE AMOR E UMA CANÇÃO DESESPERADA, colagem de, precisamente, vinte e tal poemas de autores diversos, todos focados no amor, excepto a tal canção.
- às 22h00, na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva (perto dos Bombeiros e do Museu D. Diogo de Sousa, ainda fechado ao público, horror...), o Sindicato apresenta A TERRA SEM VIDA, de T. S. Eliot: mosaico de imagens, paralelismos e interrogações, uma paisagem devastada pela guerra e pela solidão, mas também um ritual catártico que permite libertar-nos dessa dimensão negativa em busca de um qualquer Graal, que poderá, afinal, não ser mais do que a resignação. Tudo se desmorona, para que tudo também volte a nascer.
Imagens-fragmentos com os quais Manuela Martinez, Marta Catarino, Sofia Saldanha, Vânia Gonçalves e Rui Chaby escoram as suas ruínas. Este recital repete apresentações, nos dias seguintes, sexta e sábado, à mesma hora.
Gostava que fosse lá(s).